Neon de Vitrine
22.10.08 | Me odeie ou me adore aqui
Neon de vitrine é a mídia, é a publicidade, que põe cada vez mais neon nas vitrines para ofuscar o blues e delírio de ver as coisas como realmente são, como realmente deverima ser. Como realmente deveriam ser mostradas.

A mídia ofusca pelo brilho excessivo do neon, o neon das vitrines, vitrines vitrais. Que refletem o realmente somos, o que cosumimos e o mundo nos fez consumistas e nos obcessivos e nos fez ociosos. O mundo é o big brother da vida real, que é monitora 24h por ele e por seu capitaismo absurdo (dudu dando uma de socialista). Mas, é um fato, o mundo nos mudou, estamos mudados e mudando, e para pior.

E somos cada vez mais pesados, temos cada vez menos gente fina (porque gente fina é outra coisa), temos pessoas obesas, ociosas, temos o mau do mundo, que está nos atacando aos poucos. Está nos atacando como sucesso, porque o mau do mundo é. É o que nos muda, para pior. E o mundo? 

O mundo meu amigo, ele continua lá monitorando 24h...

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Sexo & Comparação
16.10.08 | Me odeie ou me adore aqui
Sexo é cada momento na cama, sexo é alguém do seu lado sussurrando em seu ouvindo no meio da noite um "Eu Te Amo" reconfortante e relaxante, é você dar e receber, é em cada vão momento sentir seu amor, junto, ali, ao seu lado, ofegando com você , por prazer e dor. 
Mas sexo tembém é assunto triste, tabu, sexo é assunto pra ser tratado com as pessoas mais íntimas. Sexo é o momento mais intimo do casal. O sexo é assunto apedrejado, mal-tratado. Esquisito.

Sexo é sentir, é suspirar, é ofegar com alguém. Sexo é dar e receber em troca. Agora 'dar', dar é apenas dar, sem respirar, é não querer comprimisso, 'dar' é não sentir o amor, é sem molestado, 'dar' é ser sem-amor. 

'Dar' é a vulgaridade, é se submeter, dar é para mulheres, tanto quanto é para homens. 'Dar' é se ver no espelho e se achar um lixo, 'dar' é a vulgaridade máxima.

Sexo é amor, sexo também é tesão, mas sexo é também paixão, divisão, é adoção. 'Dar' é tudo isso, ao contrário. É querer e pedir por não ter ninguém. Se sexo é prosa, amor é poesia, 'dar' é o nada, é a narrativa tosca e apedrejada de um autor ruim, que se acha o tal. Sexo é reviver sua primeira vez, ou ser a sua primeira vez. 'Dar' é só um tempinho, é um nada diante do amor e do sexo. 'Dar' é pedir pra levar.

Sexo é amor e amor é amar. 

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Ainda somos os mesmos
9.10.08 | Me odeie ou me adore aqui
Elis Regina antes de tudo foi uma mulher.

Elis era gaúcha, isso me faz pensar nela como uma verdadeira compatriota, não como as pessoas dos outros estados do Brasil, não, como uma real compatriota, como uma gaúcha.

Elis era uma mulher, mas uma mulher de fibra, de coragem, de canto. Uma mulher que sabia qual era o seu lugar, que era no palco, encantando multidões e virando a melhor de todas, Elis era o retrato do futuro, impresso no passado. Era uma mãe, era uma mãe carinhosa, uma mãe como deve ser toda mãe, atenciosa. 

Elis era linda, leve e louca.

Morreu. Morreu só, num quarto de sua casa, drogada e alcoolizada. Morreu desmoralizada, por si mesma, mas mesmo assim não foi esquecida por todos, foi lembrda, pelos milhares que foram ao seu velório e depois enterro.

Elis Regina gravou mais de 100 discos em vida e mais tantos foram lançados após sua morte, ela a moça que veio do Rio Grande do Sul para o Rio sem saber nada sobre a grande capital, se tornou a grande estrela daquele local, depois de São Paulo, Elis foi a mulher do Brasil, depois de sua morte há um vazio na cultura, a um vazio de cultura, o Brasil parece estar viúvo, sem um par, só. Elis ficava no seu lugar de esposa cantando, sorrindo, sintetizando sentimentos e acontecimentos, como na anistia, com o Bêbado e o Equlibrista, um de seus maiores sucessos, senão o maior. Elis Regina era uma mulher de lugar, de peso. Ela sim, ela era.

Ela era uma dos poucos que já foram, e não, não era um dos muitos que nunca serão.

E como diria Elis:
"Ainda somos os mesmos e vivemos..."

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Boêmia
2.10.08 | Me odeie ou me adore aqui
Boêmia de ser e viver e que seja eterno enquanto dure e que seja o bastante para ser eterno. A vida noturna, degradada por cataventos uivantes, levantes da vida, por bebidas. E suas esposas estarrecidas, como chegaram tão tarde em casa? Sendo que a casa é há dois quarteirões do trabalho. Esperam, esperam e cansam, vão embora, e nessa vida boêmia não se leva descanso. O pranto como um inimigo, mas também um aliado em noites de tornado em noites do pecado. E se vai levando, vidas boêmias, as vidas que passaram e as vidas que virão serão sempre boêmias, mas que sejam eternas para que tenham a chance de serem lembradas. Que durem.  

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Triste Fim
1.10.08 | Me odeie ou me adore aqui
Ideas
As ideas me vêm
Como cataventos dançantes
Nunca se retém
São insinuantes

Ideas são pequenos pedaços 
de futuro, Vistos do passado
Como se escritos em papel almaço
Como a caça e o animal caçado

Ideas são sobretudo
Ideas
Puras, Simples,
  Assim

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Mimesmo
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice L.

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